Inclusão no trabalho, sexualidade e direitos são debatidos no segundo dia do X Congresso Estadual das Apaes da Bahia

Foto: Lucas Moura

Inclusão no mercado de trabalho, sexualidade e os direitos da pessoa com deficiência foram debatidos no segundo dia do X Congresso das Apaes do Estado da Bahia (Conapaes-BA), promovido pela Federação das Apaes do Estado da Bahia (Feapaes-BA), em parceria com a Apae Salvador. O evento, que tem como tema geral “Inclusão: Desafios, Perspectivas e Possibilidades”, vai até essa sexta-feira (13).

Com especialistas renomados, incluindo palestrantes com deficiência, a programação começou com o debate sobre qualidade de vida, saúde e longevidade. Já na segunda rodada de discussões, os assuntos foram sexualidade e capacitismo. Encerrando o cronograma de atividades da parte da manhã, as mesas com especialistas abordaram o atendimento às pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), além de temas como família, envelhecimento e autonomia. O psicanalista da Apae de Itaúna, em Minas Gerais, Ricardo Pimenta, foi um dos palestrantes.

“Trouxe, para que possamos pensar, a temática do envelhecimento da pessoa com deficiência intelectual e múltipla, que necessita de um apoio extensivo e generalizado, pensarmos, também, na família e no envelhecimento dessa população, de modo que envelheçam com mais autonomia e com mais independência”, afirma.

Inclusão no mundo do trabalho foi o tema da palestra do turno da tarde, que contou com a participação de diversos profissionais, incluindo Anderson Spavier, coordenador de Educação Profissional, Trabalho, Emprego e Renda da Feapaes-BA. “Precisamos avançar para além das cotas de empregabilidade destinadas às pessoas com deficiência e pensar em outras possibilidades para que esses cidadãos adentrem no mundo do trabalho”, pontua Spavier.

Paralelo ao congresso, no decorrer do dia, foi realizado o I Fórum da Família, reunindo familiares e pessoas com deficiência para discutir assuntos relacionados e sugerir ações práticas, voltadas ao atendimento de suas necessidades. O objetivo é gerar iniciativas que impulsionem novas ações no movimento e políticas públicas nesta seara.

Entre os palestrantes estava Clarinha Mar, estudante de letras e influenciadora com deficiência. “As pessoas têm tanto medo da gente cair, que não deixam a gente voar. É importante, para nós, a busca pela autonomia e pelo desenvolvimento físico e psicológico. Eu nunca falo só por mim, falo por muita gente. Não somos ‘descapazes’, nós somos diferentes, mas isso não nos inibe de nada”, exclama Clarinha.